Perseguição na Rússia e Ucrânia ocupada atinge níveis alarmantes

  • 16/08/2024

A Release International, uma organização dedicada ao apoio de cristãos perseguidos ao redor do mundo, fez um alerta preocupante sobre a intensificação das violações de liberdade religiosa na Rússia e nas regiões da Ucrânia ocupadas pelas forças russas. O cenário, marcado por prisões, torturas e até assassinatos, reflete um retorno sombrio à repressão da era soviética, especialmente contra cristãos que se manifestam publicamente contra a guerra.

Prisão de Pregador na Rússia

Na Rússia, a liberdade de expressão e crenças religiosas estão sob ataque direto. Um exemplo alarmante é o caso do pregador cristão Eduard Charov, que está enfrentando um julgamento devido a uma postagem nas redes sociais onde questionou a moralidade da guerra na Ucrânia. Em 2023, Charov escreveu: “Jesus Cristo teria ido matar na Ucrânia?”. Por essa declaração, ele agora pode enfrentar até sete anos de prisão ou ser condenado a pagar uma multa pesada de até um milhão de rublos.

Charov, que dirige um abrigo para moradores de rua juntamente com sua esposa, não se deixa abater pela possibilidade de ser preso. Ele já expressou estar preparado para encarar a prisão e declarou que continuará seu trabalho de assistência social, mesmo se for condenado. Seu caso exemplifica a crescente repressão às vozes dissidentes na Rússia, onde qualquer forma de crítica à guerra pode resultar em duras penalidades.

Perseguição na Ucrânia Ocupada

Na Ucrânia ocupada pela Rússia, a situação não é menos alarmante. Cristãos que se opõem à guerra estão sendo alvos de perseguições implacáveis. Líderes cristãos foram presos por manifestarem oposição pública ao conflito, e igrejas que compartilham dessas visões estão sendo ameaçadas com demolições e outras formas de intimidação.

Um exemplo impactante é o de Olena, uma protestante de Melitopol, que foi presa na região de Donetsk por declarações feitas durante uma reunião de oração. Ela agora enfrenta a possibilidade de até 10 anos de prisão por “espalhar informações conscientemente falsas” sobre as forças armadas russas. O julgamento de Olena está marcado para 15 de agosto, e seu caso se tornou um símbolo da repressão brutal enfrentada pelos cristãos nas áreas ocupadas.

Preocupação Global

A crescente repressão religiosa na Rússia e nas regiões ocupadas da Ucrânia tem causado grande preocupação entre líderes internacionais. Paul Robinson, CEO da Release International, expressou profunda inquietação com o aumento da perseguição aos cristãos na região. Ele comparou a atual repressão à era sombria da União Soviética, onde a liberdade religiosa era praticamente inexistente, e os cristãos eram severamente perseguidos pelo regime comunista.

“Estamos vendo um preocupante retorno aos tempos sombrios da União Soviética”, disse Robinson. “Os cristãos que se manifestam contra a guerra estão enfrentando perseguições, prisões e, em alguns casos, a morte. É uma situação alarmante que exige atenção internacional urgente.”

Relatório de Liberdade Religiosa

Segundo o Gospel Prime, o mais recente relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional também destacou a retaliação implacável do Estado russo contra aqueles que se manifestam contra a invasão da Ucrânia, especialmente aqueles que usam linguagem religiosa ou que têm motivos morais para se opor à guerra. Nos territórios ocupados pela Rússia, o relatório mencionou a proibição de grupos religiosos, invasões a locais de culto e o desaparecimento de líderes religiosos.

Na cidade de Zaporizhzhia, por exemplo, as autoridades russas baniram a Igreja Católica Grega Ucraniana e fecharam diversas igrejas. A situação se agravou com o desaparecimento de vários padres detidos pelas forças russas, cujos paradeiros permanecem desconhecidos, levantando sérias preocupações sobre suas vidas e segurança.

Com informações da Publicação: "Perseguição na Rússia e Ucrânia ocupada atinge níveis alarmantes" disponível em NT Gospel.

FONTE: https://ntgospel.com/noticias/perseguicao-religiosa/perseguicao-na-russia-e-ucrania-ocupada-atinge-niveis-alarmantes


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